terça-feira, 13 de março de 2012

Ninguém está livre do erro!

                                                                    
                                                                         Não tenho medo da solidão,
Sempre flertei com ela embora estivesse acompanhada,
Pessoas não são sinônimos de companhia embora no dicionário seu sentido se explique dessa forma,
Solidão é algo inserido na alma e se sente na pele mesmo que 200 pessoas estejam ao redor...



Sempre me cerquei de vazios supostamente ocupados,
Supostamente satisfeitos,
No entanto apenas vazios inanimados, inertes, sem vida, Sem ânimo de ser algo infimamente satisfatório




Me cerquei de satisfações instantaneas sem realmente me conhecer,
E como é exposto num texto atribuido a Chaplin na internet
"Se vc não sabe pra onde está indo qualquer lugar serve"
Até que cheguei em um ponto em que tudo ao meu redor era vazio de sentimentos, de sentido, tudo era apenas uma encenação sem misericórdia do que deveria ser uma vida e não passava de mera respiração entre os dias que passavam.

Segui e me afastei de tudo que não fazia sentido e o que tinha sentido antes passou a não ter mais,
Não sentia mais a mesma emoção,
Arrumei culpados, arrumei consertos, mas na verdade o único culpado pelos nossos erros somos nós mesmos, as circunstâncias não deveriam fazer diferença quando o caráter é sólido.
Para a Psicologia não existe erro ou acerto, mas não me sai da mente que muitas vezes o nosso melhor não passa de situações medíocres e acontecimentos sem o menor sinal de significado, apenas dor desencadeada muitas vezes pela inconsequência, de quem finge ser o rei do mundo ou vítima de toda situação, sempre tive um pé entre os dois, mas no final das contas assim como muitos apenas não tomei a rédea da minha vida.

Sempre deixei o barco correr, pessoas estavam sempre "indo e vindo" levando muito e deixando apenas cicatrizes na alma, na pele, marcas expostas em tudo, mas eu não fui vítima, mesmo quando me enganaram e iludiram, é preciso no mínimo muita inocência pra se colocar sempre na posição de vítima, talvez tenha sido minha própria vitima, mas nunca de nenhuma outra pessoa, nem sempre tive o controle da situação como supunha, mas a vida é minha e deixar o barco correr inconsequentemente até que bata nas pedras tambem pode ser considerado livre-arbítrio.

Em 23 anos graças a Deus ainda poucos anos, tenho medo dos dias que passam, dos quilos que aumentam e das marcas de expressão que se apresentam com a idade, mas já não tenho medo de mim, nesse pouco tempo em que me atropelei diversas vezes, me tirei da posição de vítima e encontrei um caminho pra trilhar, prefiro que seja a dois, mas PREFIRO palavra que vem da escolha, pois aprendi a andar com as minhas pernas.
Ainda preciso aprender a me perdoar, mas com o tempo esse aprendizado vai ser algo rotineiro.
Ninguém está livre do erro!

As vezes nos cercamos deles, sabendo que um dia irão nos atingir, mas ficamos ali, esperando que algo chegue, que um milagre aconteça, que o mar vermelho abra a nossa frente, mas jogamos aos céus o peso do nosso corpo, enquanto Deus nos deu o mundo pra aprender por iniciativa nos acolhendo apenas quando necessário, Ele em todo caminho nos dá escolhas e apenas nos bitolamos a ver sempre a peste do erro e do vício, prosseguindo nele, nosso milagre está sempre a frente pedindo pra ser agarrado, mas o deixamos escapar.

Lembrei de uma cena do filme Deus é Brasileiro em que o Wagner Moura fala a famosa frase: "Deus escreve certo por linhas tortas" e Deus interpretado por Antonio Fagundes diz que nós seres humanos temos livre arbítrio e uma vocação enorme para o erro.
Diálogo brilhante e verdadeiro.

Termino aqui cortando um pensamento pra deixá-lo correr internamente.

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